Depois de negociar, recentemente, mais uma linha de crédito de 160 milhões de dólares, a Eastman Kodak Co tem sido continuamente alvo de especulações de analistas e investidores em Wall Street, que têm dúvidas sobre sua recuperação financeira.
A companhia tem apresentado problemas desde os anos de 1990, fruto da demanda acelerada por câmeras digitais e conseqüente da diminuição da demanda por filmes fotográficos e câmeras analógicas.Chamada na época pelos investidores de “bruxa de Wall Street” por causa da queda das ações, já nos anos 2000 a empresa ingressou em uma tentativa de se reinventar, investindo no mercado digital.
Sabe-se que a Kodak tinha 957 milhões de dólares em caixa em junho desse ano.Se na época houve ceticismo sobre sua capacidade de recuperação, hoje não é diferente. Mesmo com os esforços para sobreviver no mercado de fotografia digital, a falta de clareza quanto às estratégias e gastos da empresa tem alimentado ainda mais seu descrédito pelos investidores.
Mas, quando perguntado sobre o balanço atual, o representante da empresa Christopher Veronda se recusa a responder. Em consequência, as ações da empresa estão despencando. Em 97, uma única ação valia 90 dólares. Na última segunda-feira, 64 centavos.
Em entrevista a Reuters, Scott Dinsdale, vice-presidente da KDP Asset Management, disse que a Kodak está agarrando o que pode, se referindo aos empréstimos, e que poderia pedir concordata desde agora até 2012.
Segundo o CEO da Kodak, Antonio Perez, parte da carteira de patentes será vendida. Resta saber quem comprará os direitos sobre patentes que, em princípio, se referem a tecnologias ultrapassadas.
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