Entre os projetos selecionados está o de um grupo de meninas da cidade de Santos, em São Paulo. Elas desenvolveram um novo método de identificar a presença de sulfito de sódio em peixes, um problema constante na cidade onde vivem. "É uma substância que muitas vezes causa o agravemento de asma, potencialmente cancerigena e, quanto em grandes quantidades, pode causar sérios problemas para a saúde", explica a estudante Angela Di Gianni.
Outro trabalho que chamou bastante a atenção foi o da estudante Kawoana Vianna, que aos 18 anos vai para a ISEF pelo segundo ano consecutivo. No Brasil, estima-se que cerca de 14 milhões de pessoas sejam diabéticas. Essas pessoas normalmente desenvolvem uma doença arterial que reduz o fluxo sanguíneo para os pés, o que resulta em muitas amputações. Mas isso poderia ser evitado com o projeto da jovem pesquisadora.
"Ela tem uma substância que funciona como isolante térmico, que isola o calor e aumenta em 0,5 °C a temperatura da pele, que é o suficiente para aumentar o fluxo sanguineo cutâneo. Além disso, a meia tem outra partícula que é um agente antimicrobiano, que evita a proliferação de fungos e bactérias no pé diabético", afirma Kawoana.
Todos os projetos brasileiros são muito promissores. Mas, lá nos Estados Unidos, esse pessoal vai ter que apresentar tudo em inglês, o que deixa todo mundo um pouco mais nervoso. A ansiedade é grande e a pressão também, afinal, no ano passado, o Brasil foi o terceiro país mais bem colocado na ISEF, conquistando 19 prêmios. "As experiências que eles estão tendo aqui nesse workshop, as experiências que eles vão ter lá nos Estados Unidos, com certeza vão fazer eles crescerem", diz Rubem de Paula, gerente de Educação da Intel Brasil.
A ISEF é realizada desde 1950 e já revelou milhares de projetos inovadores. Estimular os alunos a se interessar por ciência e tecnologia é fundamental para o desenvolvimento de qualquer país. E eventos como a ISEF só acontecem porque existem instituições e empresas que apostam nessa juventude. "O importante é mostras pra outros jovens de que jovens que estudam, se esforçam e tentam buscar algum objetivo alcançam alguma coisa lá no final", conta Rubem de Paula.
Fonte: Olhar Digital
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